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Urocultura: quando solicitar e como interpretar?

A Urocultura costuma ser um dos exames que mais levam dúvidas na hora de interpretar o resultado. Afinal, nem todo microrganismo que cresce está provocando infecção, e nem todo resultado negativo exclui a presença de algum microrganismo.

A conduta clínica deve levar em consideração não apenas resultados positivos ou negativos para bactérias na Urinálise e na Urocultura, mas também a sintomatologia do paciente, a presença de outras enfermidades, a avaliação da bexiga durante o ultrassom, e o método de coleta da amostra. Vale lembrar que o método ideal de coleta para Urocultura é a Cistocentese, quando o ultrassonografista coleta a urina diretamente da bexiga com agulha e seringa, guiando a coleta com a ajuda do Ultrassom.

Nós preparamos um fluxograma pra te ajudar na conduta clínica:
* inserir imagem fluxograma 1

*Sinais de Infecção do Trato Urinário (ITU): hematúria, disúria, polaciúria, paredes da bexiga espessadas no Ultrassom,  alterações na Urinálise (odor urinário anormal, quantidade de leucócitos e hemácias aumentada na análise do sedimento, proteinúria, presença de sangue oculto, nitrito positivo).
** Em alguns casos pode ser indicado realizar a Urocultura mesmo quando não há evidências clínicas de cistite, como Diabetes mellito, pacientes com cálculos vesicais, pacientes sondados. Nesses infecções urinárias são complicações comuns,  e a ITU pode se manifestar de subclinicamente.
* inserir imagem fluxograma 2

> 100.000 UFC/ml:  provável Infecção do Trato Urinário

  * Crescimento in vitro não necessariamente reproduz o crescimento in vivo: processos inflamatórios muito exacerbados podem inibir o crescimento, alguns microrganismos podem ter dificuldade de crescimento nos meios de cultura tradicionais ou podem requerer um tempo maior de incubação que o padronizado para a técnica.

Para saber mais:

https://www.vetsmall.theclinics.com/action/showPdf?pii=S0195-5616%2815%2900027-3

https://onlinelibrary.wiley.com/doi/full/10.1111/jvim.16378

https://onlinelibrary.wiley.com/doi/full/10.1111/jvim.13571

 

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